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7,46 €Desde sempre caracterizada por uma limpidez ática e solar, valorizando o prazer sensorial e o erotismo, a poesia albaniana é atravessada por uma felicidade perlocutória qual o leitor não consegue ficar indiferente. Essencial e expressivo como poucos, o ideolecto albaniano aspira sempre a coagular numa única «pupila de um verso» a pulsão irrefreável de um corpo vivo como cintilação da beleza dessa mesma vida. Daí resulta uma poesia-bonsai alimentada por uma autêntica oficina vegetal que produz fulgurantes metáforas botânicas, quer como expressão de uma clara predilecção pelo natural (e espontâneo) em detrimento do cultural (e retórico), quer como aspiração a uma relação simbiótica entre Homem e Natureza. Autêntico hino matéria do tempo de que somos feitos, a poesia de Albano Martins é um canto simultaneamente anacrónico e actual, denso e leve, erótico e espiritual, eufórico e elegíaco, singelo e requintado daquele que é o poeta cósmico-erótico, por excelência, de toda a poesia portuguesa contemporânea. [ANTÓNIO FOURNIER]